quarta-feira, 3 de abril de 2013

Dos que nos visitam e pouco deixam e nada levam

Convidou-nos... Ainda não sabíamos bem onde morava, mas lá fomos. Chegados a casa deles demos conta de uma mesa recheada de comida, comida essa que daria para três meses. Ao longe ouve-se uma música de fundo, a lareira arde calorosamente, enquanto entre um ou outro trago do melhor vinho da região aquecemos a alma, que não nos parece tão pequena nestes dias. Ela senta-se ao piano e mostra-nos o que tem aprendido nas aulas de música clássica ("muito bom" diz-lhe a minha mulher em tom de incentivo e admiração). É tarde, diz-me ela. Abandonámos o confortável sofá que nos embalava ao som do que ele tocava na guitarra, "no fundo horizonte" foi onde parou. Ao sair cumprimentei-os efusivamente deixando no ar um convite para nos visitar num futuro próximo, convite esse que eles aceitam com um certo carinho. Saímos. Diz ela:

- Porra viste bem a toalha de mesa que eles colocaram para nos receber?
- Sim, e a comida?? Nem uns camarões nem nada.
- Realmente, acho que merecíamos bem mais.
- E a música já me estava a irritar, queria ver a novela.

Ainda não os convidámos a vir cá a casa, no entanto vamos lá todas as Terças Feiras.


2 comentários:

  1. Então? Medo das criticas? Espero uma descrição tão boa como esta do serão na tua casa :)

    ResponderEliminar
  2. Digamos que é uma situação fictícia ;) Não será uma descrição assim, espero que seja bem melhor =p

    ResponderEliminar

Era uma vez... Um menino muito pequenino, sentado à janela do seu quarto. Dali via um pequeno riacho, umas escadas, daquelas que já não há, ...