sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

"A crise!"

A crise por que atravessamos neste momento
afectou mais um individuo que atravessava
calado e cabisbaixo uma ponte em Lisboa.
Dizem, os que viram, que dava pena, ver um
homem que, não há muito tempo, era feliz,
bem sucedido, bem disposto, um pequeno
exemplo para os demais... E então agora,
a atravessar esta ponte, era precisamente
o oposto da imagem que o descrevia no
passado... Hoje este homem dirigia-se
aflito, desorientado e cabisbaixo, sem
esperança, sem coragem, assustado, sem
olhar para os que de antes cumprimentava
com a animaçao que lhe era característica,
hoje não parecia o mesmo e ao que parece
tudo se devia a esta tal crise...
CRISE DE RINS!!!
Que se f*** a crise, se formos inteligentes
e não nos deixemos afectar pelo que vemos
na Televisão(1), se continuarmos a pensar nos
que nos rodeiam, nem que seja com um mero
sorriso, nem que seja com uma mera palavra,
se não temermos investir, enfim, se nao
temermos, nem damos conta que estamos a
ir ao fundo!!

(1) O autor escreve televisão com letra
maiúscula porque há pessoas por aí que
respeitam mais a realidade que lhes chega
a casa por essa caixinha do que a realidade
à porta de casa!
E se outrora "estas" pessoas escreviam
Deus em letra maiúscula, Deus esse que
não "respeitavam" tanto como respeitam
a televisao, acho que seria um enorme
erro da minha parte nao considerar esta
caixinha o seu guia por este mundo.

Ao menos a Bíblia era um livro sem ilustraçoes.
Ou com poucas vá!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Sabes...

Tu até sabes que o caminho certo,
ou o mais certo, sem grandes surpresas,
sem grandes obstáculos, sem grandes
dilemas, era o outro, aquele que nao
escolheste porque querias arriscar,
ou entao, aquele caminho era o que
todos, sem muita vontade, seguiam.
E tu, não querias ser como eles,
tinhas vontade de ser diferente,
tinhas objectivos que te distinguiam,
julgavas tu ser diferente dos demais,
para no fim dares conta de que nada,
a nao ser uma estranha ilusão, te
diferenciava de todos aqueles que
sempre escolheram o lado mais fácil.
E agora voltar atrás não depende só
de ti, depende também daqueles que te
guiaram até onde te "perdeste", esses
tais demais que queriamos "ultrapassar",
chegar mais longe, olhar de "cima".
E esses, esses acabam por olhar para ti
com indiferença e nem o facto de teres
ido um bocadinho mais longe que eles
te deixa mais feliz, ou menos infeliz.
Tu que por teres alargado um bocadinho
mais o teu horizonte, te apercebeste
que foste longe demais, foste sozinho.
Tu que olhas para trás e reparas
que todos os que te acompanharam até aí
já não estão lá para te acompanhar
na "descida", no retorno, no regresso ao
"teu tamanho original". (O que contraria
aquele ditado que se ouve muito por aí:
Uma mente aberta jamais volta ao seu
tamanho original" e é bonito...)
Resta-te então descer sozinho, ou continuar
a subir mais, a alargar mais o horizonte,
a conhecer cada vez mais, seres mais que
os demais que desceram e sempre com a esperança
de encontrar alguém mais acima.

Eu vou continuar a subir... E tu??

Era uma vez... Um menino muito pequenino, sentado à janela do seu quarto. Dali via um pequeno riacho, umas escadas, daquelas que já não há, ...