segunda-feira, 30 de abril de 2012

Tás a ver a diferença entre um baloiço e um trapézio??
Pronto, tu és um, eu sou o outro, o que nos diferencia
é a distância que nos separa do chão que deviamos pisar.
A minha energia foge-me durante a noite... E de dia faz-me tanta falta...
E eu, que havia prometido nunca mais a deixar ir, voltei a fazê-lo sem
dar conta... Começa a ser uma tendência, deixo as coisas fugir e na
maioria das vezes nem me apercebo que elas se me escapam!!

domingo, 29 de abril de 2012

Nos restos de dia, acabo por pensar no porquê de existirem.
Passamos o dia a correr e no fim sobra vida, sobra tempo,
é quase como quem bebe uma garrafa de água de uma vez
e passa o resto da viagem com sede. Acabamos por ficar à
espera de mais alguma coisa, sempre... Temos sede de
viver e vivemos tão depressa que no fim resta-nos pouca
energia para continuar a viver... E assim nos vamos destruindo,
sem nos darmos conta, sem nos abrandarmos, sem vivermos.

E a realidade cansa-te, desorienta-te e não te encontra...

terça-feira, 24 de abril de 2012

Roubo de comboio!!

Acerca do corte da linha entre Caíde e Marco de Canaveses... Eu conheço um senhor alcoólico de profissão, ou de ocupação, como lhe queiram chamar. Frequenta diariamente a tasquinha da estação do Marco e de Caíde. Faz-se deslocar sempre de comboio entre estes sítios de eleição. Tem viatura própria, mas a sua consiciência apela a que se desloque de comboio, não por motivo de insuficiência económica, mas por respeito à vida daqueles que se poderão atravessar-se-lhe no caminho, literalmente. Para evitar acidentes, usa o comboio... Ora portanto se este senhor, que a partir de agora terá de se deslocar de carro, atropelar 3 ou 4 prostitutas que se vendem pelas ruas entre esses dois sitios e ao dar conta do que aconteceu perder o controlo do carro atropelar 2 velhinhas e o netinho de uma delas, que fazem a caminhada diária, indirectamente a culpa será daqueles que hoje se recusam a dormir descansados na Régua?? Sim, porque este senhor já expôs o seu ponto de vista, claro que ele diz que nada irá correr mal, mas por entre a 3ª ou a 4ª garrafa de vinho nunca se sabe o que pode acontecer. E esses outros, cheios de benefícios não podem dormir na Régua, que até tem um ambiente agradável e de Verão tem uma barraquinha de gelados e se não estou em erro passa lá rio o ano inteiro...

Conheço também a história de uma amigo do anterior, trabalhor consciente e responsável, que se desloca diariamente para o Porto, dizem que recebe 600€, dizem que o dinheiro que recebe mal sobra para as deslocações, dizem que ganharia mais se ficasse em casa e "exigisse" o rendimento mínimo, era coisa para lhe dar mais lucro. O problema é que estes dois amigos quando se juntam bebem até o mundo ficar entoldado por tons alucinados de uma realidade que lhes não pertence, mas que acaba por ser mais tolerável que a "real realidade". O que separa estes dois bons amigos é o facto deste último trabalhar... Ao acabarem com este transporte vão juntá-los... Por um lado parece-me bem, por outro parece-me mais uma vítima do tal acidente que poderá vir a acontecer entre a 6ª e a 8ª garrafa, sim agora são 2 a beber... E se o primeiro não tinha família este segundo tem 2 filhos... E eu continuo a dizer que a vistão não é ruim da Régua!

segunda-feira, 23 de abril de 2012

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Primavera


Se já encontrei o amor? Claro que sim... Vinha a mãos dadas
com uma menina lorinha de olhos verdes, cheirava a flores
de Primavera, corria ao sabor do vento,como ela, brincava
com os meus cabelos, caminhava por entre a multidão e era
inconfundivel, de manhã acordava como se a noite anterior
ainda não tivesse acabado, desordenava tudo à sua passagem
e sorria, sorria como se não houvesse maldade nos defeitos
que todos me apontavam, tal como ela, esse amor tinha um
sentido de humor tão especial que me fazia sorrir sempre.
Recordo-me também de que esse amor, era especial, não havia
nada nem ninguém que não quisesse ajudar, não havia sítio
que não quisesse visitar, não havia noite normal sempre que
estava por perto, todos o olhavam como a eterna criança,
esse tal amor que tendia a parecer não crescer, tornou-se o
que muitos acabaram por invejar, tal como a tal menina
dos olhos verdes, que acabou por se tornar um ídolo para
todos os que a adoraram. Ainda me lembro da sua doçura e
ternura nos momentos menos bons, recordo-me de como ficava
assustada quando a tempestade se fazia mais violenta que
todas as outras, lembro-me do medo que a invadia de cada
vez que o vento soprava mais forte, da descontracção com
que caminhava, daquela confiança que se lhe era evidente
a cada passo, aquela confiança de quem não tem qualquer
tipo de preconceito e não tem medo de todos os preconceitos
de quem nos rodeia. Ah, o tal cheiro a flores de Primavera,
esse cheiro que nunca se conseguiu descrever, esse que
nunca se conseguiu confundir ou classificar, afinal não
seria mais do que tudo o que se associava a esse tal amor.
Houve uma altura até em que cheguei a confundir esse tal
amor com a tal menina dos olhos verdes, flores de Primavera.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

A vida é feita de vitórias e derrotas, só poderás prosseguir
se conseguires contornar as derrotas... Serão muitas, claro,
mas provavelmente serão muitas mais as vitórias que vão
passar por ti discretamente, até porque muitas das tuas derrotas
não mais serão que as vitórias daqueles que mais gostas...
E tu, que não és egoísta, não podes ficar desolado com a tua
derrota, quando ela levou alguém de quem gostas, à vitória
que tanto esperava, ninguém te recriminará por isso... Só serás
egoísta se prenderes quem quer prosseguir à tua derrota.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Tu, que te olhas ao espelho, não passas do reflexo da opinião dos outros, não passas da figura que construíste, és inconscientemente o fruto do que querias ser, do que querias que os outros te achassem. Consciente ou inconscientemente querias ser vista pelos outros dessa forma, e foste agindo para que assim fosses vista. Agora, inconscientemente, continuas a fazer o que sempre fizeste, digamos que já te é uma característica. Sem querer convenceste toda a gente de que eras assim e se calhar és. Ou então não passas do que não és afinal, poderás eventualmente ter-te
enganado a ti próprio quando quiseste dizer aos outros o que não és. Acabas por manipular as pessoas e iludir-te de que és tu e não és. E ficas com essa falsa sensação de que és livre, quando até do teu próprio pensamento és escravo...

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Daquele momento em diante, não havia
diferença entre correr, voar ou dormir sob reflexos
dos olhos de um anjo.
Nada que se fizesse para ludibriar o tempo
significava enganar a dama de cabelos esvoaçantes
e de pele rubra de um sol negro.....!

Nada seria tão importante, ou solene
e em minhas mãos pousava um resto de sombra
esquecida pela nuvem de sereias das quais nada eu sabia...nem de ti.
Eu pensava no que pensar enquanto bastaria apenas saber....
qual era o rumo dos elefantes foragidos e que em suas
gaiolas douradas deixaram o perdão para cada um
dos meus pecados.

E de repente vi realmente aquilo que sempre fui....
Um nada dentro de uma casa de botão abandonada
rastejando na areia fina de uma ampulheta quebrada
que jazia na fronte de um sinal sobre o olho
lacrimejante de sangue de Polifemo atingido pela lança de Odisseu....
Habe ich erklärte, dass nicht alle Tage gut zu dir zu hören sind?

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Now you know





"Darling, i'll never be true
You see, for so long i was blue
I'm not the lonely one
and if i hurt, then you will too
Oh honey I always lose,
Now you know"

É só a mim?

Sempre que falas demais, acabas por não me dizer o suficiente...
Não tenho essa coisa de me arrepender de ter gostado e confiado nas pessoas que já me não dizem rigorosamente nada... Foram cruciais para o meu desenvolvimento, ou a falta dele em algumas situações... Mas se me arrependesse teria de admitir que não sei escolher bem as pessoas e não podia continuar a confiar em todas as pessoas em quem confio...

sábado, 7 de abril de 2012

Recordo-me de todas as pessoas que passaram na minha
vida, como se ainda estivessem presentes, sei que levo
um bocadinho de cada uma delas, sei que cada opção
que tomo, é influenciada por alguém, ou por muita gente.

Toda essa gente que acabou por construir a minha personalidade
e acabo por descobrir que muito do que sou, se deve ao facto
de tentar, embora inconscientemente, se deve a tentar ser
quem tu querias, a ser o que tu sempre procuraste...

Sou um bocadinho de ti, um bocadinho de todos, e pouco meu.
Agora, pergunto-te, se algum dia terias de fazer alguma coisa
para seres quem eu queria, para seres o que eu procurava e 
tu acabas por me convencer de que sempre foste quem procurei.

E agora... Agora é tarde... Mas sempre foste quem eu queria...
E eu sempre fui aquilo que tu querias que eu fosse e eu já não 
o sou.. Se nos restasse um bocadinho do que quer que fosse
ainda poderíamos ser quem queríamos, sem tentarmos...

sexta-feira, 6 de abril de 2012

É de manhã, sinto o cheiro do teu cabelo molhado a 
voltar para a cama, sinto o teu calor voltar a encher o
vazio de tudo aquilo que me fugiu quando parti, ouço,
de novo, o teu respirar trémulo de quem tomou banho
a correr para votar para a cama, nunca mudaste...

Acordo por entre todas estas familiaridades e vou
fazer o pequeno almoço, sim, recordei-me de que 
odiavas ter de te levantar para o fazer e lá te ouço
preparar para vir para a mesa, sabes que não sou 
menino de te servir na cama, até porque os tempos 

de te conquistar já voam alto, já não são esses 
pequenos nadas que nos fazem ficar juntos uma 
e outra vez. Vens, como sempre a saltitar pelo
corredor, tens o acordar mais divertido e energético
que me recordo ter encontrado em alguém.

Deixas fluir todas as tuas vontades e desejos para
mais um dia, sabes que eu não gosto de programar
nada para daqui a muito tempo, até porque foram
esses pensamentos que acabaram por ditar muito
do que não deveria ter sido e muito do que foi.

Tens tudo "preparado", já sabes para onde vamos,
o que vamos fazer de manhã, o filme que vamos ver
à tarde, a viagem que teremos de fazer à noite, quem
poderemos encontrar pelo caminho, onde iremos jantar,
o tempo que poderemos demorar em cada sitio.

De inicio seguimos o teu "plano", depois deixas que 
seja eu a alterar-te todos os objectivos, todas as 
tuas vontades e acabas, pelo meio de uma ou outra
discussão, a admitir que ainda bem que assim foi e 
eu acabo por te deixar continuar com o que querias.

Eh, no meio de tanto, fazes-me falta, às vezes.
E sim, eu faço-te falta, eu ainda me lembro como
gostas de que as coisas não sejam como tu queres
ainda gostas de ser surpreendida por entre os teus 
planos, e eu ainda gosto que me imponham planos

apesar de te dizer sempre que não gosto de planos,
sabes que às vezes preciso de alguém, que me guie
pelo meu "caos perspectivado".

E ao fim volto a dizer-te o que tu tanto odeias ouvir
e tanto sabes que é verdade, eu consigo viver sem 
ti, consigo... E pior, tu consegues ainda mais facilmente.
E acabamos sempre por voltar ao mesmo, sempre...

terça-feira, 3 de abril de 2012

Seria só mais um dia por ali, mais um dia de trabalho habitual... Seria... Até
que o inesperado acontece, dentro da loja encontra-se a mão e a recém
nascida. O pai, está cá fora, sossegado, a fumar mais um cigarro, mais um...
De repente, uma explosão, um mar de chamas que se lhe segue, os gritos
dos que por ali passam, o desespero, o medo, um pai desolado e uma familia
envolta nesse cenário de destruição e desgraça. Nada aquele pai poderia fazer,
os bombeiros foram chamados e há um que se adianta a todos os outros.
Ao chegar tenta apoderar-se da realidade, enquanto o pai em desespero o
insulta por nada fazer, acusa-o, ataca-o, critica a sua passividade, o normal.

- Entre, não vê que a minha família corre perigo, não sei sequer se estão vivos!

- Vamos tentar manter a calma, qualquer passo mal dado ditará um fim desnecessário.

Entre uma e outra palavra menos simpática, o bombeiro apela ao bom senso.
Encontra uma estratégia e entra mesmo antes do primeiro carro de bombeiros chegar.
Lá dentro encontra um verdadeiro inferno, mas, sem medo, continua a avançar
para os gritos de socorro que se adivinham da próxima divisão. Chega até lá e
encontra a família do homem que tanto o insultara à chegada. Tenta encontrar uma saída
e lá o consegue a muito custo. Cá fora, a família reencontra-se, enquanto o bombeiro
desaparece sem esperar sequer que o homem que tanto o criticou se desculpe...

Ninguém diria que perdera toda a sua família numa situação parecida, ninguém diria.

Ei, tu

Tu que almejaste grandes amores, não passas de mais um(a)
que por aí anda, incapaz de arriscar um pouco para ter um
pouco mais, tu que por aí te passeias sem direcção, não tens
a coragem de ir para longe com esse medo de te perder, onde
afinal até acabarias por encontrar aquilo por que tanto almejaste!

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Porque muitas vezes até te apetece ficar, mas as pessoas cometem tantas e tantas vezes os mesmos erros, que te começa a ser impossível tolerar um "da próxima vez não será assim!

Era uma vez... Um menino muito pequenino, sentado à janela do seu quarto. Dali via um pequeno riacho, umas escadas, daquelas que já não há, ...