sábado, 18 de fevereiro de 2012

Tu, doido, não tens noção da tua capacidade
Tu que vives sem a noção da tal realidade,
És tão feliz que nem sabes, que vives para lá da verdade
Acreditas que o fim é um novo principio de felicidade...


E por muito que não queiras, enquanto vives, tudo morre...
E por muito que me peças, meu amor, tudo morre...

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Sempre que eu morrer por ti sussura-me
esta canção que te escrevo agora que me
voltaste a matar. Não me deixes, não me
troques pelas sombras que vês sobrevoarem-me
lembrando a solidão que me impuseste.

Sempre que morrer, recorda-me de todas
as parvoíces que nos foram inertes, tenta
encontrar-nos nos meus olhos, se conseguires
se ainda houver brilho neles e volta a dizer
o nosso Amor como indestrutivel e inagualavel.

Se um dia eu morrer, não digas que o nosso
amor tinha de acabar, diz só que doeu por
ter sido tão perfeito e se por acaso eu
esquecer, segura-me a mão e diz que nunca te
esquecerás daquilo que um dia fomos nós...

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Não tenho qualquer dúvida de que o mundo roda
Gira religiosamente, como se não hovesse razão.
Não tenho qualquer dúvida de que a vida é um vazão,
E o Homem vá nascendo e morrendo numa "hora".

Não culpo Deus por todas as injustiças que se fazem sentir
Num mundo onde o fraco é atacado pelo todo poderoso
Nem digo, tão pouco, que caminhamos para um fim caloroso
Num inferno que ainda não houve quem quisesse desmentir.

Acredito ainda que a Natureza que nos criou
é minha Mae e que não deixará quem sou
às mãos tortas dos que não sabem viver.

E se não houver ninguém que me salve a alma
Pelo menos que carreguem a minha vida na palma
E que não tenham nunca medo de a deixar cair.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Não foram poucas as vezes que ele tentou não acordar,
para não a deixar partir sem um "até já". Só ele sabia
a quantidade de vezes que tentou voltar a adormecer e a
apanhar antes de ela partir para si. Sonhava com ela,
amava-la, mas não tinha nem a coragem, nem a determinação
para lhe explicar. Enquanto ele sonhava, ela esperava,
aceitava todas as suas "inocentes" brincadeiras, até
porque ele era engraçado e aventureiro e sabia divertir
uma miuda, só lhe faltava a seriedade que um dia a vida
lhe traria. Hoje ela espera não acordar, para poder
continuar a viver o passado enfeitado em forma de sonho.
E ele espera não adormecer, para não ter de voltar a chorar
a perda do que, na realidade, nunca tivera... E assim
caminham ambos, afastados, de mãos dadas a um futuro que
só os faz pensar no que poderia ser se... E agora é dia
dos namorados e querem estar juntos, talvez hoje ambos
tenham vontade de adormecer e não acordar, para pelo menos
terem mais um dia perfeito, um de tantos dias que poderiam
ter sido... No fim de tudo, percebes que não foste nada...

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Nuno Prata - Vamos Andando (Só Temo Pelos Outros) (ao vivo)



Vamos levando, vamos aprendendo.
Vamos passando os dias sendo.
Vamos registando e esquecendo:
vamos perdoando, vamos crescendo.

Vamo-nos abraçando, vamos ficando
ternos irascíveis. Eu bem percebo.
Queremos o mesmo - não desfazendo.
Levamos avanço, ainda é cedo.

Só temo pelos que os outros vão sendo.

Vamos decifrando um pouco de tudo
do de tudo um pouco que nos vão dizendo,
porque cremos que todos temos bom fundo
e é isso que ainda nos vai entretendo.

Assumimos: estamos sempre um pouco àquem;
e, para conservarmos nossa sanidade,
constantemente incutimos a culpa a alguém…
Não vejo nisso motivos pra tanto alarde.

Só temo pelo que os outros vão sendo.

Somos patéticos quando simpáticos,
somos estúpidos e problemáticos.
Acabamos casmurros, e o que é fantástico
é que complicando tudo às vezes somos práticos.

Vamos andando, deixemo-nos ir.
Há futuro enquanto conseguirmos rir;
e tudo o que hoje fizermos de errado
incontornavelmente torna-se passado.

Só temo pelo que os outros vão ver.
Só temo pelo que os outros vão ter.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Querido Pai Natal, sei que não falei contigo durante muitos anos. Não é que tenha deixado de acreditar em ti... Não, lembrava-me sempre de ti quando abria as prendas... E lembrava-me, ah aquele grande estupor não me trouxe o que eu queria, eu que o apanhe... E durante muito tempo evitei dirigir-me a ti, até pela tua segurança, estive capaz de te dar um tiro se no Natal de 1996 me tivesses dado a arma que te pedi. Bom, mas à frente, optei por pedir aos meus pais que lá me iam dando o que eu queria... Mas este ano tudo vai ser diferente... Algo me diz que os meus pais e familiares não me vão dar o que eu quero... Por isso, este ano, peço-te a arma que me não deste naquele Natal para dar um tiro naquele Filho da **** que nos chama piegas e nos rouba o dinheiro todo de maneiras que muitas crianças este ano se vão limitar a encontrar, em vez do Action man e das playstations uma carta da Segurança social para repor os abonos indevidamente pagos...

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Sabes lá!!

Olha em volta... Não estás sozinho, sabes lá quantos sofrem mais que tu... Sabes lá tu a dor e a aflição porque passa o senhor que te está a atender, sabes lá a agonia da miuda que sorri como se o mundo não tivesse maldade. Sabes lá o que sofrem aqueles por quem passas e te dão um sorriso confiante e seguro. Sabes lá o que eles sofrem, quando te dizem que nada os preocupa, sabes lá. e mesmo assim também te fazes sofrer, por não teres todas as respostas... sabes lá se eles também ainda não sabem onde fica a casa dos sem abrigo de que aquela senhora francesa falou... Sim, eu sei que é uma resposta que todos queremos encontrar, mas nao te sintas sozinho!!
Lembro-me como se não fosse há muito tempo, entretanto já nos reconstruimos dessa estranha noite, na qual, por momentos, tivemos os pés bem assentes na terra. Fizemos promessas que o vento não tardou a levar, promessas daquilo que afinal não foi. Nessa noite quente que se foi tornando gelada pelas palavras, onde nos atacamos mutuamente, ficam-me apenas estas... Só que para um dia percebas o quão importante foi para mim tudo o que foi dito nessa tórrida noite por ti gelada... "Tá um frio do caralho, vamos para o carro?" Vês, às vezes uma opinião sensata acaba com aquele que poderia ser o drama de uma vida inteira...

Era uma vez... Um menino muito pequenino, sentado à janela do seu quarto. Dali via um pequeno riacho, umas escadas, daquelas que já não há, ...