domingo, 6 de outubro de 2019

Coloquei-te o meu mundo na tua mão. Acreditei que contigo esse mundo poderia tornar-se mágico. A forma como brincavas com ele e como o fazias rodar à velocidade do teu sorriso, era feliz. Deixei-te ficar com ele. Acreditei que não faria sentido deixares de o fazer brilhar porque julgava brilhares também. Acreditei e não passou disso. Uma inocência que custou a quase destruição de um mundo que podia ter sido só nosso. No fim, partiste para outro mundo, para o teu, para aquele que nunca deixaste mesmo para trás. Aproveitaste que tinhas um outro mundo e foste brincado, quase como que quem brinca para passar tempo, ignorando que, como quando uma estrela aquece um planeta, todo esse planeta passa a depender do calor da sua estrela para continuar a viver. Mas tu não quiseste saber. Foste brincando enquanto foi conveniente ficar por outra galáxia, mas assim que te foi possível voltar, voltaste e nem esperança onde antes havia calor deixaste. Partiste sem problema, sabendo que já não precisavas deste mundo, porque agora já não precisavas de te entreter. E foste sem querer saber tudo o que destruíste, porque já nem valia a pena. 

Era uma vez... Um menino muito pequenino, sentado à janela do seu quarto. Dali via um pequeno riacho, umas escadas, daquelas que já não há, ...