domingo, 2 de fevereiro de 2014

Heróis

Os heróis de antigamente faziam frente aos mais poderosos, os heróis de agora batem nos miúdos pequenos. Os heróis de antigamente construíam tudo com um quase nada que se não sabia de onde vir, os heróis de agora destroem tudo sem se perceber como será possível destruir tanto em tão pouco tempo. Os heróis de antigamente opunham-se, sem medo, às opiniões pequenas... Morriam, mas com eles morria a convicção de que sempre foram o que quiseram. Os heróis de agora adaptam-se às opiniões e morrem invictos, sem verdade, sem razão... Vazios... Os únicos heróis, agora, são os que amam sem querer destruir o que os que amam possam amar mais. Os únicos heróis, os que ainda se podem chamar, são os que constroem à sua passagem, são os que deixam ficar a medo, são os que olham e vêem para lá de si. Os verdadeiros heróis sãos os que abandonam o conforto dos seus lares, para partilharem o lar atormentado de outros "quaisqueres", são aqueles que abraçam um moribundo, são aqueles que respiram ao lado de alguém que dá, por fim, o seu último suspiro. são aqueles que sofrem com os que se não salvam, são aqueles que que descem ao mundo, sem medo de não voltar e abraçam os que são aceites como ninguém. São os que sabem tanto quem ser que, sem medo algum de se perderem de quem são, se confundem com a multidão de "ninguéns" e com eles caminham para o fim, que esperam não ser também o deles. São esses os heróis, é por esses que o mundo ainda faz sentido... É por eles que ainda existe a palavra "herói", é por eles que esta palavra mais não é que mais uma terra do nunca. Por eles.

3 comentários:

Era uma vez... Um menino muito pequenino, sentado à janela do seu quarto. Dali via um pequeno riacho, umas escadas, daquelas que já não há, ...