segunda-feira, 1 de julho de 2013

06:34

Com o fim do dia, o cair da noite, como todos os dias. Com o noite o esquecimento, o fugir da memória. O que se fez perde-se na escuridão. Restam as memórias que se agarraram ao dia e não tiveram medo do escuro. Podem não ser as melhores mas acabas por adormecer com elas ainda acordado. E tudo não passa disto, de um adormecer acordado embalado por memórias que não são nossas... Se calhar. Ou se não são gostaríamos que fossem e aí dize-mo-nos sonhar. Os dias, esses correm uns atrás dos outros, como que se as rugas que se lhes vão surgindo fossem dos outros. O tempo, como lhe chamam, não mais é que um juntar de dias, noites. E as memórias, essas vão-se perdendo nos dias menos bons. E no fim, tudo o que resta não será mais que nada. No fim, nem as memórias ficam para te embalarem nos dias solarengos de uma vida perdida à sombra do que seria.

1 comentário:

Era uma vez... Um menino muito pequenino, sentado à janela do seu quarto. Dali via um pequeno riacho, umas escadas, daquelas que já não há, ...