terça-feira, 24 de julho de 2012

É só a mim?

Sempre que falas demais, acabas por não me dizer o suficiente...
Those who dream by day are cognizant of many
things that escape those who dream only at night.

Mentira

Eu gostava de acreditar em todas as mentiras
do mundo. Porque as mentiras por norma sao as
matizes dos nossos sonhos e acabam por ser
muito mais agradaveis do que a maioria das
verdades. A mentira, por norma, é mais bonita,
mais bem elaborada, assim quase como que a
roçar o magnífico. Queria admirar quem mente
com a facilidade de quem diz a verdade, porque
quem mente sem preparação, a meu ver, tem uma
capacidade única para inventar a realidade e a
realidade real chateia, mas a realidade inventada
tem um certo encanto, uma certa magia, magia
essa que se foi perdendo ao longo do tempo,
porque agora, agora tudo parece ter razão,
deixou de haver lugar para a mentira, para o
maravilhoso, agora já se não pode mentir,
as pessoas perderam a capacidade de acreditar
em mentiras maravilhosas, daquelas com um quê
de loucura misturada com uma realidade banal.
"Para mim nunca foi um jogo

Foi apenas um retrato
Onde ficávamos bem os dois
Onde as dúvidas são p'ra depois
Gosto mesmo de ti
Mas tu nunca estás...
Nunca estás aqui


Por isso…

Cedo o meu lugar a quem te mereça
Que decore os teus planos e que não se esqueça
Cedo o meu lugar a quem te mereça
Que te dê tudo e que nem pareça
Cedo o meu lugar a quem te mereça
Que fique do teu lado e que não esmoreça
Cedo o meu lugar…
Mas a seguir peço para voltar"

By: Mesa

domingo, 22 de julho de 2012

Nesta noite, as estrelas parecem querer esconder-se, fazer-me esquecer
que o seu brilho durante tanto tempo me guiou, por um mundo incerto
Onde acabei por te encontrar e me deixei guiar por ti, vi-me perder
o medo de caminhar sem luz, enquanto te acompanhava sem dúvidas.

Perdi-te algures no meio dessa escuridão por todas as dúvidas que
acabei por não colocar. E hoje, hoje fazes-me falta, precisava que me
voltasses a guiar, que me voltasses a caminhar pela escuridão sem
o mesmo medo de sempre, sem as mesmas dúvidas, sem direcção.


sexta-feira, 20 de julho de 2012

100 metros

"O Indesmentível apurou que os “100 metros Relvas” são na verdade 56,8 metros medidos a olho e feitos de mota. A proposta do Comité Olímpico do PSD refere ainda que, além das barreiras, os adversários terão de contar com semáforos, lombas e um desvio pela IC19 em hora de ponta por motivo de obras na pista. O facto de o Ministro Adjunto não ter carta de mota não é problema, pois obtém equivalência em virtude de conhecer a Rosa Mota, ouvir o Cândido Mota e o seu animal preferido ser a marmota. A duas semanas dos Jogos de Londres, Miguel Relvas, que está para o mérito académico como a lipoaspiração está para a perda de peso, torna-se assim o mais forte candidato português a uma medalha de ouro desde aquela vez em que os Buraka Som Sistema propuseram o Kuduro como arte marcial Olímpica."

terça-feira, 10 de julho de 2012

Às vezes, diria até quase sempre, para não cair na certeza de sempre,
que exagero um bocadinho na forma como quero controlar tudo o que
me rodeia, todos os que se me aproximam, tento adivinhar cada infimo
movimento, cada pequeno detalho de uma realidade que ainda não
aconteceu... E, se por algum motivo, as coisas correm ligeiramente
diferente daquilo que tinha imaginado, tudo o que construí no que
poderia ser acaba por se desmoronar, sem deixar destroços, quase
sem se perceber que chegou a acontecer, acabo por destruir tudo, só
pela culpa de não ter acertado nos cálculos, digamos que, como se por
aí diz, espero pelas respostas das perguntas que ainda me não coloquei.
Não é que se note muito, tal como disse, não ficam os desmoronamentos
sentimentais que deveriam ficar, apenas para dizer que já existiu alguma
coisa por ali e por acolá... E quase sem vestigios, quase sem marcas, lá
vou passando pela vida de uns e vou deixando que passem pela minha.

Uma história qualquer

Como qualquer história tem de ser localizada e temporal,
não vamos chamar ao que se segue história, tendo em conta
que não fazemos ideia de quando, onde e como aconteceu.
Se calhar até temos e até a conseguiremos localizar, mas
como vivemos num lugar comum em constantes alterações,
deixemos essa tarefa entregue ao nosso caro leitor.
Era uma vez... O resto fica ao vosso critério!!

terça-feira, 3 de julho de 2012

.......

Agora caminhas sem brio, sem diferença, igual.
És só mais uma num mundo que poderias ter aos
teus pés e que deixas, agora, que te calque, esse
mundo que durante tanto tempo inferiorizaste
tornou-se assutadoramente maior que tu, e isso,
isso agora destrói-te, devagarinho, em silêncio.

Em directo

Tenho saudades de quando me deitava e fica só a pensar
em tudo o que fiz durante o dia e no meio desses pensamentos
fáceis e aconchegantes, dava comigo a ser embalado por um
sono calmo, sereno e reconfortante... Agora, agora adormeço
a pensar no que podia, no que devia ter feito, e no que virá
acontecer à custa do que não foi feito, ou do que foi feito
e não devia... E assim, o sono não se limita a embalar-me,
incentiva-me a procurar todas as respostas para todas as
perguntas que me não queria colocar... E assim, assim é
muito mais difícil não acordar com a sensação que está,
afinal, tudo mais perdido que ontem, afinal nada foi feito
hoje para melhorar o amanhã, porque perdi muito tempo
com perguntas que me não devia ter podido deixado fazer...
E enquanto vislumbrava o céu estrelado, dava conta que
uma das estrelas que sempre me acompanhou me começa
a abandonar, não, a estrelinha não és tu, não és só tu, é
tudo o que de bom me fizeste sentir enquanto éramos nós.

Faz-me falta a vontade de correr atrás de ti, sem aquele
medo miudinho que hoje me faz querer fugir, faz-me
falta saber que atrás de ti estava alguma coisa que eu
queria, faz-me falta... Faz-me falta a inocência do inicio.

Dou conta agora que me deixei acomodar a uma vida
da qual sempre me pediste para afastar, descubro medos
que me prometeste vir a sentir um dia, se te não ouvisse,

talvez o sinta porque já te não tenho para me segurar a mão
e dizer que ainda vou a tempo, fazes-me falta só pela
segurança que me davas nas noites em que as estrelas não
tendem a aparecer com o mesmo brilho de sempre...

Sabes, às vezes ainda dou comigo a pensar que podias
voltar a brilhar na minha vida, nesta vida acomodada,
mundana, talvez, nesta vida que me arrasta por um vale
que me cega para o resto, para o resto do mundo...

Era uma vez... Um menino muito pequenino, sentado à janela do seu quarto. Dali via um pequeno riacho, umas escadas, daquelas que já não há, ...