Ora por aí está o calor, tao pedido por
uns nao seis quantos mil individuos de
nacionalidade portuguesa e tres romenos,
que por acaso nao tinham muita roupa de
Inverno... Estranho que lá é frio. Em
diante... Ora cá o temos e eu sem férias!!
quinta-feira, 28 de julho de 2011
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Eras?
E eis que do nada, mesmo do nada, apareces.
Fazes-te chegar discretamente, como quem
quer chamar a atenção de quem te espera.
Aproximas-te com essa tua estranha maneira
de primar pela diferença, pela descontracção.
E qual o teu espanto quando reparas, que afinal
quem esperavas surpreender discretamente, te
surpreende de uma forma escandalosamente subtil.
Ignora-te, da forma que "ignoramos" pequenos
erros, que se vao tornando enormes problemas
no futuro. Problemas tao grandes, que hoje te
apercebes de que passaste ao lado do que querias,
subtilmente... Discretamente... Como se nao
fosses tu... E afinal... Afinal até nao eras...
Fazes-te chegar discretamente, como quem
quer chamar a atenção de quem te espera.
Aproximas-te com essa tua estranha maneira
de primar pela diferença, pela descontracção.
E qual o teu espanto quando reparas, que afinal
quem esperavas surpreender discretamente, te
surpreende de uma forma escandalosamente subtil.
Ignora-te, da forma que "ignoramos" pequenos
erros, que se vao tornando enormes problemas
no futuro. Problemas tao grandes, que hoje te
apercebes de que passaste ao lado do que querias,
subtilmente... Discretamente... Como se nao
fosses tu... E afinal... Afinal até nao eras...
Evoluis
Quando te deixas ficar no passado, para tentar
aproveitar aquilo que poderias ter feito de
outra forma, a imaginar o que seria se realmente
te tivesses empenhado, ou agido de uma outra
forma, nao consegues evoluir. Ficas preso a um
passado que nao podes mudar, presa a um futuro
que nao podes viver. Temos de romper com o passado
se queremos viver o presente, para entao poder
ponderar o futuro. De nada te vale o arrependimento.
Até porque com o passar do tempo te irás arrepender
do proprio arrependimento de hoje, digo eu.
aproveitar aquilo que poderias ter feito de
outra forma, a imaginar o que seria se realmente
te tivesses empenhado, ou agido de uma outra
forma, nao consegues evoluir. Ficas preso a um
passado que nao podes mudar, presa a um futuro
que nao podes viver. Temos de romper com o passado
se queremos viver o presente, para entao poder
ponderar o futuro. De nada te vale o arrependimento.
Até porque com o passar do tempo te irás arrepender
do proprio arrependimento de hoje, digo eu.
sexta-feira, 22 de julho de 2011
A lembrança
"Não te afastes, lembrança, não te afastes!
Rosto, não te desfaças, assim,
como na morte!
Continuai a olhar-me, olhos enormes, fixos,
como um instante me olhastes!
Lábios, sorri-me,
como me sorristes um instante!
Ai, fronte minha, aperta-te;
não deixes que se espalhe
sua forma fora do seu vaso!
Oprime o seu sorriso e o seu olhar,
até serem a minha vida interna!
— Embora me esqueça de mim mesmo;
embora o meu rosto, de tanto o sentir, tome
a forma do seu rosto;
embora eu seja ela
e nela se perca a minha estrutura! —
Oh lembrança, sê eu!
Tu — ela — sê lembrança inteira e única, para sempre;
lembrança que me olhe e me sorria
no nada;
lembrança, vida com minha vida,
feita eterna, apagando-me, apagando-me!"
Juan Ramón Jiménez, in "Piedra y Cielo"
Tradução de José Bento
Ao gato atropelado.
Rosto, não te desfaças, assim,
como na morte!
Continuai a olhar-me, olhos enormes, fixos,
como um instante me olhastes!
Lábios, sorri-me,
como me sorristes um instante!
Ai, fronte minha, aperta-te;
não deixes que se espalhe
sua forma fora do seu vaso!
Oprime o seu sorriso e o seu olhar,
até serem a minha vida interna!
— Embora me esqueça de mim mesmo;
embora o meu rosto, de tanto o sentir, tome
a forma do seu rosto;
embora eu seja ela
e nela se perca a minha estrutura! —
Oh lembrança, sê eu!
Tu — ela — sê lembrança inteira e única, para sempre;
lembrança que me olhe e me sorria
no nada;
lembrança, vida com minha vida,
feita eterna, apagando-me, apagando-me!"
Juan Ramón Jiménez, in "Piedra y Cielo"
Tradução de José Bento
Ao gato atropelado.
terça-feira, 19 de julho de 2011
Há coisas fantásticas não há??
Ainda hoje me fascinam aquelas pessoas
que entre sorrisos, abraços e miminhos,
nos conseguem mentir à força toda, nos
conseguem continuar a tentar enganar,
apesar de terem a plena noçao de que
já ninguém acredita na veracidade das
suas mentiras. Mas mesmo assim ali
continuam, sempre iguais a si mesmas,
sempre hipócritas, sempre prontas
para ajudar, se nao mais, à destruiçao.
Um bem haja a esses curajosos!!!
que entre sorrisos, abraços e miminhos,
nos conseguem mentir à força toda, nos
conseguem continuar a tentar enganar,
apesar de terem a plena noçao de que
já ninguém acredita na veracidade das
suas mentiras. Mas mesmo assim ali
continuam, sempre iguais a si mesmas,
sempre hipócritas, sempre prontas
para ajudar, se nao mais, à destruiçao.
Um bem haja a esses curajosos!!!
Roger Martin du Gard
"no olhar, no sorriso, o alegre desafio daqueles
para quem tudo está defenitivamente esclarecido
neste mundo e no outro e que se sentem serenamente
os unicos depositarios da verdade."
"One can love the people and not be able to stand their ongoing company. One can love the populace and not like to live with the individuals who compose it. Their ways of being and of thinking, their ways of being happy or unhappy, their desires, their welfare, their joys, their emotions, their sensitivity, their reactions are not my own; and I am a foreigner among them. My climate is not theirs. Whenever circumstances have forced me into contact with them, I have suffered from it."
para quem tudo está defenitivamente esclarecido
neste mundo e no outro e que se sentem serenamente
os unicos depositarios da verdade."
"One can love the people and not be able to stand their ongoing company. One can love the populace and not like to live with the individuals who compose it. Their ways of being and of thinking, their ways of being happy or unhappy, their desires, their welfare, their joys, their emotions, their sensitivity, their reactions are not my own; and I am a foreigner among them. My climate is not theirs. Whenever circumstances have forced me into contact with them, I have suffered from it."
sexta-feira, 15 de julho de 2011
Ser
Enquanto sou aquilo que sempre fui,
ou a continuidade daquilo que sempre
fui sendo, tu nunca poderás ser o que
nunca foste, a menos que mudes radicalmente
e te tornes naquilo que sempre quiseste
negar, naquilo que prometeste nunca te
tornar... Terás de, por fim, admitir que,
desde sempre, até sempre não passas de uma
pequena imagem do que os outros querem que
sejas... E aí, por fim, desiludirás toda
a gente que quiseste, inocentemente
consciente, agradar com aquilo que não és.
Depois, nesse dia, vais correr atrás de tudo
e todos que foste "abandonando", por nao
corresponderem ao estereotipo daqueles que
te rodeavam... Serás aquela que todos apontam...
Serás a mentira, a farsa, a oportunista...
E, no final de contas, nao tens culpa alguma!!
Afinal todos os que nos rodeiam nao passam
disso mesmo, a imagem que a sociedade lhes
impos... Nao sao mentirosos, sao iguais aos
outros todos. Aqueles que sao diferentes, tendem
a ser melhores, mas tendem tambem a nao ser
nada respeitados e crediveis, eu sei viver com
isso, aprendi desde sempre. Será que um dia
terás essa capacidade, pergunto-me até...
Será que um dia quererás ser diferente? Será?
Sem titulo, Pode ser?
Enquanto silenciosamente gritas por mim,
Gritas por tudo o que poderia ter sido,
Gritas por tudo o que nao foi,
pelas vezes que nao estou, pelas vezes que
poderia ter estado, pelo que nao fiz.
Enquanto isso, eu digo-te de forma bem
audivel que ja nada poder ser o que foi, nada.
E há uma voz dentro de mim que murmura baixinho
e me continua a dizer que sim, que é possivel,
que nunca há-de haver um fim antes de um novo
inicio, e que nao há um futuro onde "nós"
possa ser passado. E um dia, um dia será-te muito
facil calar esse grito, dificil sera eu controlar
este pequeno sussuro consciente...
Gritas por tudo o que poderia ter sido,
Gritas por tudo o que nao foi,
pelas vezes que nao estou, pelas vezes que
poderia ter estado, pelo que nao fiz.
Enquanto isso, eu digo-te de forma bem
audivel que ja nada poder ser o que foi, nada.
E há uma voz dentro de mim que murmura baixinho
e me continua a dizer que sim, que é possivel,
que nunca há-de haver um fim antes de um novo
inicio, e que nao há um futuro onde "nós"
possa ser passado. E um dia, um dia será-te muito
facil calar esse grito, dificil sera eu controlar
este pequeno sussuro consciente...
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