"A vida dá muitas voltas" dizia ela, enquanto afagava os longos cabelos castanhos, dizia-se que em algumas dessas voltas teria sido preto. Dizia isto com a leveza de quem diz que vai estar sol se não chover. Parecia fácil, na altura também me parecia leve... Era quase como que uma frase sem sentido que encaixava bem em todos os momentos menos bons... Até que um dia dei conta que, de facto, a vida dá mesmo muitas voltas, ou nós damos muitas voltas à vida, vai do ponto de vista, pelo que dizem, enquanto temos os pés bem assentes no chão, ao mesmo tempo que nos julgamos extremamente seguros, a terra gira a uma velocidade estonteante, é coisa para dizer que se levantarmos um bocadinho demais os pés iremos parar a uma cidade vizinha, diria até, se fosse um bocadinho mais maluco, que a outra dimensão... Pois bem, a terra dá todas estas voltas, pelo que e ainda me apoiando em teorias ouvidas às escondidas dos que vão à missa, todos os dias a terra dá uma volta, chamam-lhe pelo que entendi rotação. E nem com todas estas voltas a terra perdeu a essência, perdeu o rumo, se desorientou, nem com todas as voltas das vidas que com ela viram se perdeu... E não me parecem bem, que agora, enquanto calmamente culpas a vida e as voltas, não me parece bem que te tentes segurar com um "a vida dá muitas voltas", porque essa, essa justificação estará sempre longe do que é verdade. E não é que o aquilo que inventas como sendo a tua realidade me incomode ou me faça ponderar a minha, incomoda-me sim que te deixes viver sem culpa, porque quem assim vive, acaba por não viver, acaba por ficar pendurada nessas justificações e quem vive é sempre culpado, para o bem e para o mal, não me parece que ao tentares encontrar outros culpados consigas viver aquilo que é teu, porque viver é assumir, é arriscar, é ser culpado!
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
Respostas improváveis
- Então e tiveste um acidente?
- Sim, tive.
- E não conseguiste evitar?
- Não consegui porque às vezes temos de enfrentar os obstáculos, não devemos estar sempre a fugir, então optei por bater no muro... Claro que não me vai sair barato, mas este obstáculo já está ultrapassado. É para o muro perceber que toda a sua impetuosidade não mete medo a toda a gente!! Além disso nunca tinha levado com uns quantos airbags! Era uma experiência necessária, até porque às vezes temos de testar os nossos limites, mesmo os financeiros!
Perguntas destas mereciam respostas destas... Mas pronto...
sábado, 12 de janeiro de 2013
É diferente
Eram muitos os que queriam ficar, mas eram ainda mais os que não queriam ir!! E embora não pareça, há aqui uma enorme diferença...
Bullying
Era uma vez uma menina pequenina, tímida e indefesa... A uma certa altura boliram-lhe com os sentimentos... Diziam que tinha sido vitima de "bolingue". Essa menina anos mais tarde tinha um carro e andava sempre com o mesmo casaco quando conduzia... Era, o que se na altura chamava, um "carjacking"...
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
E agora?
Só uma questão... Ser politicamente correcto outrora queria dizer "agira com bom senso", ou qualquer coisa desse género. Será que agora quer dizer "enganar, mentir, prejudicar e roubar"? É que há bocadinho uma senhora disse-me que devíamos ser politicamente correctos e eu fiquei na dúvida...
E agora?
Só uma questão... Ser politicamente correcto outrora queria dizer "agira com bom senso", ou qualquer coisa desse género. Será que agora quer dizer "enganar, mentir, prejudicar e roubar"? É que há bocadinho uma senhora disse-me que devíamos ser politicamente correctos e eu fiquei na dúvida...
sábado, 5 de janeiro de 2013
"Ficar à espera ou procurar"
Se quando estás à espera que aconteça és sempre caço de surpresa, se sempre que acontece a tua desorientação e sentido de perda é a mesma, explica-me lá porque estás sempre à espera que aconteça?
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Promessas
E com o começo deste novo ano, todas as promessas que eu havia feito no ano
anterior pareciam ter ficado por ali, era altura de renovar os "votos" para este
novo ano... Ao que parecia, continuar a ser inconsequente e a agir depois de
tudo correr mal, seria o futuro, seria novamente a forma de levar mais este ano.
À meia noite parecia ser altura de pedir mais um desejo, esquecendo tudo o
que não fizemos pelo desejo anterior, até porque lhe demos um ano de validade.
E nesta noite pedimos outro, só mais um, como se eles caíssem do nada e no
meio de uma "tchim tchim" o universo suspirasse para o nosso desejo... E é
no meio de tudo isto que bates de frente contra tudo aquilo que querias que
tivesse acontecido e não aconteceu... É nessa altura que te dás conta de que
a única coisa que fizeste para que se concretizasse um desejo foi um "tchim tchim".
Se calhar não chega, mesmo que até partas o copo, só para dares força ao
suspiro universal... E dá-mo-nos conta que vamos, ao final de contas ter de
lutar... E foi isso que aprendi, um bocadinho tarde, depois de uma situação mais
complicada que devemos começar a tornar-nos conscientes não só pelo que
pedimos, mas por aquilo que outros pedem, porque não estamos sozinhos!
anterior pareciam ter ficado por ali, era altura de renovar os "votos" para este
novo ano... Ao que parecia, continuar a ser inconsequente e a agir depois de
tudo correr mal, seria o futuro, seria novamente a forma de levar mais este ano.
À meia noite parecia ser altura de pedir mais um desejo, esquecendo tudo o
que não fizemos pelo desejo anterior, até porque lhe demos um ano de validade.
E nesta noite pedimos outro, só mais um, como se eles caíssem do nada e no
meio de uma "tchim tchim" o universo suspirasse para o nosso desejo... E é
no meio de tudo isto que bates de frente contra tudo aquilo que querias que
tivesse acontecido e não aconteceu... É nessa altura que te dás conta de que
a única coisa que fizeste para que se concretizasse um desejo foi um "tchim tchim".
Se calhar não chega, mesmo que até partas o copo, só para dares força ao
suspiro universal... E dá-mo-nos conta que vamos, ao final de contas ter de
lutar... E foi isso que aprendi, um bocadinho tarde, depois de uma situação mais
complicada que devemos começar a tornar-nos conscientes não só pelo que
pedimos, mas por aquilo que outros pedem, porque não estamos sozinhos!
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