Escrevia para ela todos os dias. Mesmo depois de tudo, mesmo depois do fim. Todos os dias tentava encontrar dentro de si tudo o que o puxava para ela. Ao fim de algum tempo começou a perceber que tudo o puxava para ela, começou a perceber que todo o seu mundo orbitava à volta dela. "Seria ela a sua estrela?", escrevera uma vez... Dias, meses, anos se passaram sem se tocarem, nem num breve olá. E em todos esses dias lhe escreveu. Ao fim de muito tempo olhou para trás e percebeu que ela mais não era que o que escrevia, percebeu por fim que ela era perfeita porque ele a escrevera assim. percebeu finalmente que não gostava tanto dela quanto seria de esperar. Não sentia sequer a falta dela, sentia apenas a falta da pessoa para quem escrevia todos os dias, no fundo, essa pessoa nunca existira. Do que ele gostava mesmo era de escrever. Desde aí escreveu sempre, não para ela, mas para ele. Ela não mais fora que o que ele inventara dela em papel gasto pela vida. E o seu amor mais não é agora que uns quantos pedaços de papel.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Era uma vez... Um menino muito pequenino, sentado à janela do seu quarto. Dali via um pequeno riacho, umas escadas, daquelas que já não há, ...
-
Às vezes o simples entender do andar do tempo e do desenrolar do seu processo fazia-lhe impressão ao olhar para os que lhe eram de perto......
-
Mais uma manhã de chuva, daquelas manhãs que dá vontade de não deixar ir embora porque nos embala num sono em que se fica acordado e se par...
ainda bem que escreveu...
ResponderEliminarFoi uma boa forma de descobrir o amor ;)
ResponderEliminarComo é bom escrevermos sobre os nossos sentimentos!
ResponderEliminarDigamos que escrevia sobre os sentimentos de outra qualquer pessoa ;)
ResponderEliminar