Entraram para a sala de teatro, assim quase como que a correr. Tinham-se atrasado, cruzaram-se com uns amigos que iam,com toda a certeza ver outra peça qualquer, lembraram-se pouco antes do fim. Sentaram-se na primeira fila e por ali ficaram durante toda a peça. Às vezes um ou o outro vinha cá fora comprar alguma coisa para lhes alimentar a fome que se fazia sentir nas cenas que pareciam iguais a outras que já tinham visto. Mal se davam conta de que a peça a que assistiam nada mais era que a vida de outra pessoa qualquer, que a viam a partir de casa, do café, do trabalho, de qualquer sítio assistiam ou discutiam a vida desse homem anónimo, com uma vida como tantas outras, com rotinas inquebráveis, hábitos inquestionáveis, vícios recrimináveis. Mal se davam conta que enquanto assistiam à vida, ou peça de teatro do outro a sua própria vida era esquecida, tornaram-na menos importante que o teatro do outro. E aos poucos a cortina foi-se fechando e nunca tiveram a oportunidade de afirmar que "A vida é uma peça de teatro" mais não era que um cliché a cair em desgaste. Acabadas as suas vidas, fechadas as suas cortinas, o teatro do outro homem lá continuou com todos os defeitos que lhe apontaram sempre, a fazer o que os outros, os que assistiam não faziam... A viver.
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Vivo a minha vida, não me interessa assistir às dos outros. Não quero saber, só eu importo, e quem eu quero que reparta o palco comigo. Quero ser a actriz do meu enredo, a protagonista da minha história, escolho o elenco, aprovo os cenários... escolho e escolho, e deixo-me embalar em cada acto até aparecer a palavra FIM
ResponderEliminarBeijinho:))
E assim sendo tenho a certeza de que é uma peça de teatro linda e com personagens fantásticas e será sempre, até ao fim ;)
ResponderEliminarBeijinho ;)
Hismindawayamiga
ResponderEliminarEu sou o que bate as pancadas de Molière; eu sou o ponto escondido no seu buraco. Donde, não estou no palco e estou no palco ainda que os espectadores não me vejam. O teatro é a constante mudança das peças, com mais ou menos duração; e também como na vida há reprises que permitem que voltemos a situações já vistas ou vividas no passado; daí há que tirar lição. Disfarçado não vais a lado nenhum. Ou talvez vás pela socapa.
Qjs = queijinhos = beijinhos (rimam...)
Henrique
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PS - Gostei tanto de ter vindo aqui que vou já meter o Dialbulices nos meus BLOGUES MAIS FIXES. E também já te sigo. Agora espero que faças o mesmo...
Hismindawayamiga
ResponderEliminarNo teatro eu sou o que bate as pancadas de Molière. Mas também sou o ponto enfiado no seu buraco. Os espectadores não me vêem mas sabem que estou lá. Um dia, se chegar à ribalta tudo mudará; e não serão precisas as reprises porque na vida não se pode voltar atrás.
Qjs = queijinhos = beijinhos
Henrique
Boa noite Henrique... Agradeço a sua passagem por este cantinho... Eu tentarei sempre ser o guionista da minha peça de teatro e espero passar como personagem na peça das pessoas que me são importantes! E tentarei ser discreto e chegar a algum lado discretamente...
ResponderEliminarAbraço!!
Bom dia Fábio!
ResponderEliminarPassei por acaso mas gostei do que li e já estou a seguir!
Bom fim de semana!
Maria
Obrigado Maria ;) bom fim de semana...
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