quinta-feira, 7 de novembro de 2013

São os pilares.

E aos poucos foi-se apercebendo de que os pilares que sustentavam o seu mundo eram fortes, muito fortes. Seriam, talvez os únicos pilares capazes de o aguentar. E foi também aos poucos que se apercebeu que, apesar da força dos pilares, o seu mundo ia ruindo, devagarinho, quase como que a escorregar. Não caía, descia levemente, quase como se o mundo nunca tivesse sido pesado. Talvez tenha percebido nessa altura que tentava atirar o seu mundo para cima de pilares que não eram para o seu mundo. Mesmo assim, noutro qualquer mundo, os pilares nunca o deixaram cair desamparado, sustentaram e suportaram a sua queda e lá se mantiveram, fortes, indestrutíveis, inabaláveis. Eram sem dúvida pilares muito fortes, os mais fortes, só não eram seus.

6 comentários:

  1. e se estiver enganado?
    e se os pilares (também) são dele?
    é uma hipótese a considerar..

    :)

    ou não?!

    :(

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  2. Há sempre a hipótese de estar enganado ;)
    E claro que os pilares são sempre dele, ou farão sempre parte dele, pelo menos já viu o mundo "de lá de cima", isso ninguém lhe pode tirar ;)

    E todas as hipóteses são de considerar, ele vai a cair devagarinho ;)

    Isto não era suposto ser "o fim do mundo" para ele...

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  3. faz-me lembrar uma citação que gosto muito.
    (depois digo qual:))

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  4. Caraças, quase jovem. É aquela que por acaso tens ali em cima:P

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  5. A sério? E assim do nada eu acertei na "tua citação"?? Muito bom :p

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