E depois, num dia qualquer, sentado, agarrado a um comodismo que nem sempre foi o teu,
apercebes-te de que o teu amor se tenta aventurar com quem se levanta energicamente
todos os dias para mais um desafio. Ah, como o teu amor gostava do desconhecido, do risco
calculado da forma mais errada possível (não tivesse sido eu sempre tão mau em matemática).
(E também é estranho, lembrares-te só agora que ela gostava disso e tu deixaste de lho
proporcionar. ) E agora por aqui ficas... Não ficas triste, ficas sentado, à espera que haja um
outro amor tão "capaz e tão maior" que te volte a fazer levantar do sofá... Tu não perdeste,
tu deixaste que o que "tinhas" por garantido te deixasse de ser suficiente, quando no fundo
sabias ser tudo aquilo com que sempre sonhaste e por orgulho, deixaste-a partir, deixaste-a
descobrir todo um novo mundo, sozinha... Deixaste-a perceber que lhe não eras assim tão
importante, deixaste-te trocar por alguém, que até pode não ser melhor (ou talvez seja),
mas pelo menos acompanha-a em todas as suas aventuras, que provavelmente agora terão
contas certas e os riscos podem tê-lo deixado de ser e podem, agora, ser de facto, calculados.
Até porque há uma certa altura em que os riscos devem ser mesmo bem calculados e talvez
também tenha sido isso que a ajudou a optar... E agora, agora partes sozinho para outra
aventura, porque agora o único risco que corres passa por continuares parado, e isso é o
que não queremos.
domingo, 3 de fevereiro de 2013
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