Já te não procuro, já não penso em ti... Todas as imagens, de todos os
momentos passados contigo são agora vazios de ti. Fizemos tudo bem,
não há um arrependimento, simplesmente não quero continuar a procurar-te
a tentar encontrar-te, a voltar a tentar construir-te, a tentar construir-nos.
É verdade que nunca pensei um dia ter de ponderar um futuro sem ti, mas
o futuro assim o ditou e, embora haja esperança para nós, nós já não faz
sentido, deixamos crescer muitas coisa entre nós, coisas que nos impedem
de sermos o que sempre fomos. Acabámos, ainda antes de podermos
contar uma história, talvez não sejamos mais que um pequeno capítulo,
um pequeno capítulo, que embora possa ter sido importante, não será
recordado, muito menos comentado. Iremos, para sempre, lutar contra
todas as lembranças, todas as histórias, todos os momentos que nos
juntem, bem o sei... É por isso que te não quero incomodar mais, não
quero que voltes a perder tempo a ponderar partir ou ficar, deixo-te ir.
Peço-te apenas que me encontres alguém igual a ti, porque tudo o que
construí foi à tua volta e não me imagino a ter de construir tudo de novo.
Não te quero, quero apenas alguém que sorria como tu, que me proporcione
os momentos que me proporcionaste. Não te quero sequer aborrecer com
falas ideias de um futuro improvável, quero só alguém que não pense que
tudo pode voltar a correr mal, porque no fundo, ainda não correu, quero
alguém igual a ti, só... Para poder continuar a história do princípio, sem os
erros de um passado que já nos pertencia, embora essa pessoa, igual a ti,
nunca tenha a noção de que já existia, mesmo antes de tudo o que por aí
viria... Sim, não te procuro mais, deixo-te assim, livre como sempre foste.
Não te quero, quero alguém igual a ti... Alguém com esses maravilhosos
e marcantes defeitos, alguém como tu. Não te quero...
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
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