"Viver sempre foi e sempre será um risco, um tiro no escuro e um acto que implica lidar de forma diária e continua com o desconhecido. Por muito prudentes, cuidadosos e sensatos que possamos ser, é preciso aceitar que não controlamos tudo, que nunca vamos controlar tudo e que viver implicará sempre correr riscos, eventuais exposições à rejeição, à perda, à desilusão e ao desconhecido, mas também à um conjunto de emoções positivas. Tudo isto faz parte da vida e de nada nos adianta viver mergulhados num mar de medos, desconfianças, hiperprotecção e controlo ilusório só porque podemos vir a ser vítimas de uma tragédia, ser enganados ou atraiçoados, até porque ao estar sempre com o pé atrás e ficar sistematicamente na defensiva e cheios de desconfianças estamos a impedir que as coisas boas entrem na nossa vida. Claro que com tanto negativismo e receio à nossa volta vamos concluir constantemente que ninguém é de confiança, fechando-nos ainda mais no nosso mundinho. Isto, por não dizer que quanto mais ligamos aos nossos medos, mais contribuimos para que se concretizem e auto-confirmem vezes sem conta, o que só dá continuação ao ciclo vicioso. É preciso quebrar o ciclo e perceber que de nada adianta fugir, pois mais de metade dos nossos medos são irracionais e ligados a coisas que nem sequer dependem inteiramente de nós. Além disso, as pessoas normalmente esperam (muito erradamente) que ao fugir e evitar uma determinada coisa o medo desapareça ou pelo menos diminua, quando na realidade o que se observa é precisamente o oposto. Se não for enfrentado, o medo continua sempre lá, e por vezes vai-se tornando cada vez maior e impeditivo. Daí que o evitamento nunca foi, nem nunca será a solução para seja o que for. Viver é no presente, para a frente e de olhos bem abertos. O resto é um mero sobreviver."
Em: http://blackandwhitereality.blogspot.com/
terça-feira, 6 de setembro de 2011
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