Não foram poucas as vezes que fora atropelado!! Atropelado pelos outros, pelas ideias dos outros, pelas tendências dos outros, pela opinião dos outros, pela lógica dos outros, pela (in)capacidade dos outros, pela vontade dos outros... Calou e calou-se muitas vezes por causa dos outros... Calou-se com a dor dos outros, calou-se pela tragédia dos outros, calou-se pela (im)possibilidade dos outros, calou-se pela falta dos outros, na falta dos outros, calou-se sempre... Calou-se, foi atropelado, deixou-se sempre ficar para trás... Os outros, esses não se calavam, eles julgavam o mundo deles maior que o dos outros, julgavam os problemas deles maiores que os dos outros, cultivavam em si, esses outros, o espírito de de mártires, de infortunados... Nunca imaginou, porém, que calar-se tantas vezes o levasse um dia a ser atropelado por si próprio, pelas coisas que calou, pelas opiniões que calou, pelas vontades que atropelou, pelos medos que enfrentou (ou não), nunca pensou que os medos que escondeu para acolher o medo dos outros um dia o atropelassem com a vontade de quem vai conquistar o mundo com 1 folha de papel em branco. Sentia-se perdido num mundo que sempre fora seu e para o qual nunca olhara! Em vez de olhar para esse mundo que era o seu, ouvia a tempestade do mundo dos outros e enquanto não havia tempestades no mundo dele deixou-se ficar... Calado... Agora, agora trovejava no seu mundo, a chuva fazia-se sentir mesmo debaixo dos cobertos construídos com a certeza de nunca virem a ser precisos. Os mares varriam o seu mundo como ondas varrem areia das margens. Nunca tinha parado para construir barreiras às suas tempestades, preferiu aguentar sempre as tempestades dos outros, no fim de contas as tempestades parecem sempre magníficas quando vistas a uma distância segura. Agora, que as tempestades atingiram o seu mundo, sentia-se destruído... Dizem que aguentou porque encontrou alguém capaz de calar o vento e a tormenta do seu mundo, como quem embala uma criança ensonada. Se é verdade não se sabe, apenas se sabe que no mundo dele também chovia e não era tudo sol e finos em esplanada... Uns ficaram felizes, outros ficaram indiferentes, poucos entraram no mundo dele com vontade de o reconstruir, mas diz-se que os que entraram tinham a força de mil "homens"... Cada um!!
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
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Era uma vez... Um menino muito pequenino, sentado à janela do seu quarto. Dali via um pequeno riacho, umas escadas, daquelas que já não há, ...
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Às vezes o simples entender do andar do tempo e do desenrolar do seu processo fazia-lhe impressão ao olhar para os que lhe eram de perto......
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Mais uma manhã de chuva, daquelas manhãs que dá vontade de não deixar ir embora porque nos embala num sono em que se fica acordado e se par...
Obrigada pelas palavras deixadas no meu "Ortografia". Virei mais vezes aqui.
ResponderEliminarAbraço.