terça-feira, 27 de dezembro de 2011

E era assim, caminhavam sempre juntos, de mãos dadas,
nada os conseguia separar, dizia-se... A cumplicidade
entre os dois assustava aqueles que lhes chegavam mais
perto, com uma simples troca de olhares descreviam
tudo o que sentiam, e nós, nós por vezes nem com todas
as palavras do mundo conseguíamos descrever o que
sentíamos... Mas não temos de andar sempre de mãos dadas...
O espaço acaba por se tornar importante, e não há espaço
entre duas mãos dadas, talvez um dia se se separarem
não se voltem a juntar, e é talvez esse medo que os
obriga a andarem sempre juntos... E foram felizes...
Teriam sido? Ou será que nunca quiseram muito?!

2 comentários:

  1. Boa observação, Fabio.
    Por vezes assusto-me também com casais que estejam sempre de mãos dadas, rostos sempre colados e posados para as fotografias, frases terminadas pelo outro como se o raciocínio fosse sempre um só.
    Eu não saberia ser assim. Nunca pensei em "metade da minha laranja", em "tampa da minha panela". Gosto de pensar que seja inteira e que o outro venha somar, agregar... Não me seduz a ideia de "precisar" de alguém para ser um só.

    ResponderEliminar
  2. Exactamente, somos inteiros e acabamos por dividir um bocadinho com outra pessoa, mas só isso=p

    ResponderEliminar

Era uma vez... Um menino muito pequenino, sentado à janela do seu quarto. Dali via um pequeno riacho, umas escadas, daquelas que já não há, ...