Mordeste-me o coraçao, é certo, partiste sem que eu te tivesse dito, também é certo... Nunca pensei que
me tivesses mordido o suficiente para ainda hoje reparar que foi uma mordidela tao funda que ainda nao sicratizou... E se o tempo cura tudo, nao cura, por certo, coraçoes mordidos... Nao se esqueça o como doi
levarem uma parte de nós e nao é facil voltar a arriscar que mais alguem chegue ao coraçao para nos voltar a morder com força. Talvez seja esse receio, esse bocadinho que levaste de mim que me nao permita voltar a deixar alguém entrar para me voltar a morder... Ou entao continuo a acreditar que, como das outras vezes, voltes com o meu pedacinho e me digas que afinal partir nao foi o melhor que tinhas a fazer... E volto a deixar-te morder-me o coraçao, quando no fundo descubro que vinhas apenas devolver-me o bocadinho que me tinhas roubado, enquanto, parado, te vejo partir novamente para onde tens de ir... Já devia ter percebido que se partes para onde tens de estar, nao te devia deixar voltar, para no fim levares mais um bocadinho de mim para onde, no fim tens de estar. Sem dar conta noto que uma grande parte de mim continua onde tens de estar, enquanto eu fico aqui, incompleto... E quando voltares sei que vou voltar a acreditar que no fim de tudo, o teu lugar é aqui, onde vens quando precisas e que farás de mim, por fim, completo... Esqueço-me claro que de cada vez que voltas e voltas a partir, mais um bocadinho de mim fica contigo e fazes com que se torne cada vez mais dificil deixar alguem ocupar o espaço que me levas de todas as vezes que voltas... Esqueço-me também que o tempo passa e que com esse passar de tempo, um dia vai ser tarde demais para deixar alguem entrar e assim sendo, vou ficando cada vez mais vazio... Vazio de mim, vazio de ti e um dia nem tu mesmo poderás voltar...
domingo, 28 de novembro de 2010
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